quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Fire Coming Out of The Monkey's Head

Incerteza.
Dúvidas, insegurança e medo provocando uma agitação desconfortável. Medo.
Tremores, desconforto no estomago, voz tremula, olhos mal se lembram de piscar, inquieto sem distração, não há nada que 6 cordas possam fazer para me tirar desse estado. Frio.
Um milhão de pensamentos por segundo construindo milhões de hipóteses, baseando teorias, tendo achar ligações e um sentido a tudo (mente sistemática). Perguntas feitas sem respostas, respostas que abrem novas perguntas e um rombo em meu peito. Desespero. Frio. Milhares de sensações, das mais bonitas as mais pesadas, um sangramento sem fim, angustia, aperto no peito, o nó na garganta. Frio. E então...



....Nada.





"... your time has come to see
There's nothing you believe you want
But where were you when it all came down on me?
Did you call me now?"

sábado, 13 de outubro de 2012

Eu não sei...

Abandonei meus textos e minha capacidade de escrever... Abandonei as ideias e o esforço do pensar... Abandonei a mim... e com certeza a você. Tudo isso para escapar do momento em que eu estou agora... socando toda a teoria da minha profissão garganta abaixo desesperado pra entupir meu cérebro, eu chego ao exato momento onde devo parar de fingir... Fingir que não me importo... Fingir que não me dói... Fingir que não é comigo... Fingir que não estou no fundo do poço, porque cá estou eu... destruído de novo. Cá estou eu precisando de ajuda, precisando de suporte, mas entocado no fundo da superficialidade, que aparentemente, nada consegue tocar. Não há arranhões, certo? Errado. E eu me pergunto o que devo fazer, e respondo que não sei... a mesma resposta que tenho ao te perguntar isso. Mas parece que está tudo bem, enquanto rirmos um do outro, enquanto o nosso sexo estiver intacto, enquanto nossos amigos disserem que somos lindos, enquanto eu fingir e me abandonar... está tudo bem, certo? Errado. É como se a mão que me foi estendida pra me tirar da morte, tenha me soltado em um penhasco ainda maior... foi como assistir meu herói virar o meu vilão. E cá estou eu... e você onde esteve? Por que não apagou as luzes ao sair? Por que deixou tantas vezes essa porta aberta, mesmo quando eu quis trancá-la? Por que? Como? Como você deixou de ser a minha boia pra se tornar a minha âncora?

Obrigado pela música, meu amigo!

título que eu quero dar por algum motivo obscuro todo rompimento vai ser do mesmo jeito? duvido. afinal, a gente sempre duvida. a última experiência (que deixou feridas) sempre é a que mais nos fez sofrer. mas essa é do tipo em que vou envelhecer e dizer que aquela é a garota que eu sempre amei. as cartas, as músicas, as promessas e as lembranças. estarão sempre aqui, não tento sem sucesso jogar minhas memórias no lixo. essas, não outras. essas. como gostaria de que essas fossem reais assim como as vi. aliás, se o modo como as vi não bate com as realidades, então ou não chego perto de compreendê-las (bastante provável) ou o que eu vi não passou perto da realidade (também bastante provável). o que é a realidade? a realidade é o que eu quero fotografar antes de fotografar. que eu quero escrever antes de escrever. a realidade além de tudo é algo que acontece independente de como a compreendemos. se a compreendemos, ela não é realidade. isto chama-se idealidade. a minha idealidade é que você é tudo pra mim. a minha idealidade é dizer que não quero que você leia isso, mesmo querendo. é dizer que quero, mesmo não querendo. é dizer que quero, querendo. é dizer que não quero, não querendo. é que, a partir do momento que digo, deixa de ser a verdade. passa a ser somente a verdade que quero criar. o meu karma é escrever tudo que me vem a cabeça, trazendo a idealidade sobre os fatos pra perto ou afastado-a. é escrever as nossas lembranças em papéis que não serão lidos (mas que eu queria que você de certa forma soubesse). a minha idealidade poderia melhor representar a minha realidade caso eu conseguisse produzir algo diretamente com o que eu sinto, ouço, cheiro, toco e vejo. mas a graça está em tentar representar ela na maneira das linguagens que temos. as vezes queria poder fotografar o que os meus olhos estão vendo. - mesmo que eu esteja com a câmera, a fotografia não vai sair com o reflexo do meu rosto me encarando na parte escura do visor da mesma. por outro lado, até gosto desse limite da produção. mas também gosto de escrever sobre ele. a realidade é que nós nunca vamos nos aproximar da realidade do que eu sinto por você, mas sei que sem juízo algum, deixei chegar nisso. na esperança colorida de um mundo cinza. não somente pelo nossos costumes e memórias, mas pela sua arte que me encanta. a realidade é que mesmo consertando o que agora está quebrado, ainda não me satisfaria. mesmo ela hoje tendo deixado a estação dela passar de propósito. você não é uma peça quebrada no meu mosaico. nunca esteve comigo por completa. nunca fez parte dele, logo, não pode ser peça quebrada ou peça faltando. você também não é uma peça a mais no meu mosaico, aquela que não se encaixa. você o colore diferente, o leva para outras realidades. pra nossa idealidade. transformei tua imagem metamórfica no meu motor. motor que não pergunta e/ou não entende como o resto da máquina funciona. ~ http://www.youtube.com/watch?v=9qFUNj7CFow

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Drunkness is cowardice, soberty is loneliness...

Vive analisando sua própria vida de cabo a rabo, procurando pontas pra virar o jogo pra pior, pois teu prazer no desconforto te conforta. De longe acompanho teu jeito, te analiso e te como com a mente, sempre caminhando pelos cantos, procurando qualquer sinal onde teu masoquismo se afaste, mas o vício da dor é sempre mais tênue, o costume de acentuar teus castigos até onde não lhe é de todo castigado. Pobre rapaz, ainda na flor da idade cita frases de um poeta amargurado que sonha em reviver tua bela infância, mesmo essas citações não lhe confiram desejo algum de retornar em algum ponto de felicidade da tua vida, pois nem que se fosse possível, você aceitaria tal proposta. Preferes profetizar que a vida lhe promete o mundo, enquanto o mundo lhe promete toda a vida que a juventude te reserva, mata-te aos poucos em cada grito de desilusão que solta de sua boca. Preferes no fim viver assim, acreditando que não há mal algum em ser como é, e encolhe-se na tua mente atrás de um trago barato, bebida vagabunda, ou qualquer substância que te alteres e te traga a um estado longe do natural, e ainda assim, teu vício se encontra na dor. Preferes então ‎se jogar as pestes, a focar-se no sério e problemático, criando então um cenário onde é forçado a procurar uma saída, uma distração... E a sua distração preferida baseia-se na quantidade de contatos físicos sexuais trocados por pessoas desconhecidas, como um jovem menino que se desespera para conhecer os sabores dos corpos, dos rostos e das vidas as quais você não tem a mínima intenção de levar a nada mais que uma cama, limitando-se no máximo há alguns minutos, horas ou dias de prazeres momentâneos que enchem o vazio do seu corpo, seguindo assim uma vida vaga, obrigando-se a se esconder atrás de objetivos, buscando algo que te preencha, ainda que de dor, pois não acredita no "bom"... E depois ainda se pergunta que mal fez a deus por tamanha falta de amor e pelo excesso de lágrimas, acreditando que a única coisa que te fez bem foi mera ilusão, pois se esconder é sempre mais fácil que curar feridas pequenas e infantis, ainda mais quando se tem quem concorde. Por isso corra, garoto, force essas pernas virgens, e corra. Corra pros braços de cada desconhecido que te ofereça o físico, corra pra cada estranho que consuma sua juventude, corra enquanto houver chão, e quando cansar-te e cair-te de joelhos no chão, olhe para trás e chore, e saiba que o que te moveu foi aquilo que concorda e apoia-te. Lembre-se, criança, lembre-se a cada língua que tocar teu corpo, a cada dedo que encostar em tua pele, a cada boca desconhecida que beijar que jamais conseguirás viver a vida que tanto desejas, pois a base de tudo está negligenciada por motivos pequenos, transformando numa cadeia de eventos desenfreados e errôneos. É uma pena, meu menino, que eu tenha te deixado caminhar-te por ti, sem saber onde estava ou pra onde iria... sinto muito, meu garoto, nessa "cada um por si" todos nós perdemos, e pra minha tristeza, você ainda não se dá conta.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Dismantle



"Um homem só se descobre homem quando encontra um objetivo pelo qual ele morreria..."

Em uma longa conversa a algumas horas atrás, deparo me com minha condição real... após ouvir essa frase (acima) choco me com minha total indiferença, aliás, total descrença a mudanças do mundo. Ainda nessas mesmas horas atrás, deparo me com alguém igual a mim, alguém que é mais um vazio do que um alguém, vejo me em um futuro ao qual não quero estar. Deparo me então com a oportunidade de escolha, entre querer ser um ser atormentado com seus pensamentos e conformado com que nada mude, ou lutar pelo sonho de outras pessoas, sonhos que condicionam outros sonhos, e fazer disso o meu próprio objetivo pelo qual eu morreria. Ainda que eu não veja essa inversão do fluxo sanguíneo do mundo, ainda que eu veja que o mundo não queira essa mudança, eu escolho destruir o animal em mim, e enfim, tornar me um homem, e não mais respirar por respirar, só dessa forma eu sei que nunca mais me encontrarei em paz sentado no fundo de uma piscina.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

"Nosce Te Ipsum"

Talvez nunca funcionasse de outra forma...
Talvez eu nunca teria saído se não fosse repelido...
Frente a isso posso ter duas reações... Agir como você espera, ou realmente crescer por mim mesmo...
O mais importante é que já não tenho mais os teus olhos pra observar qual vai ser a minha escolha.

"Eu não vim aqui te dizer
como isso vai acabar.
Eu vim aqui te dizer
como vai começar."