quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

"As pessoas esquecem como é triste e solitário ser uma criança."

Escolhas são feitas
Palavras são ditas
E tudo fica aqui, armazenado
Promessas são feitas
Esperança se cria
E com isso surgem expectativas
E um fim
Expectativas iniciam um coração partido
É a esperança que fode
E tudo fica aqui, doendo
A tristeza acorda em acordes densos e uma voz agoniante
Ela sempre esteve aqui
Desde as tardes sozinhas aos 7 anos de idade, onde eu me deitava na cama da minha mãe e chorava até dormir
Até agora, quando deito em minha própria cama e afundo minha cabeça no travesseiro tentando me esconder de mim mesmo
Ou quando paro no espelho e não me reconheço
Ou quando me irrito com pessoas felizes
Ou quando alguém se senta comigo e consegue sentir o que há aqui dentro...
Só uma tarde nublada... é só isso que eu sou.
Eu sou um céu cinza.
Eu sou cinza enquanto as pessoas tentam brilhar em azul claro.
E não é sua culpa
E não é minha culpa
E não é uma culpa.


"Não é sua culpa
Não é minha culpa
Eu não sou humano por completo
Eu não tenho coração
Não é minha culpa
Não é uma culpa
Eu não sou humano por completo
Eu não tenho coração..."

http://www.youtube.com/watch?NR=1&v=aFUzvbkEvRk&feature=endscreen

domingo, 27 de janeiro de 2013

The Lengths

"Tell me where you're goin or
what is going wrong
I felt you leavin before
you'd even gone
and hold me now
or never ever hold me again
no more talk
can take me away from this pain I'm in
see the moonlight shinin on
your window pane
see it leave you as
faithful as it came
please yourself so you
don't have to be afraid
make amends
or carry on another way

tell me what you were thinkin
to treat somebody so
the care he took the
lengths to which he'd go
coals are hot to walk
across without your shoes
but in the end
know that you got nothin to lose"

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

A Choice of Three

"No túnel eu percebi que teria três escolhas. Enquanto eu pensava ser muito gentil da parte deles, me pergunto se eles perceberam o dilema que eles estavam me fazendo encarar.
O problema era: se eu olhasse para o seu reflexo na esquerda, perderia a imagem atual e o reflexo da direita, e se eu olhasse para o seu reflexo na direita, teria o mesmo problema só que do lado contrário.
De início eu pensei que deveria fixar em um dos reflexos como se ele estivesse prestes a desaparecer, mas a ideia rapidamente murchou, e minha atenção foi puxada de volta para o centro, ocasionalmente checando cada lado.
Eu devo dizer que realmente me questionei sobre a autenticidade do seu cochilo alguns minutos atrás. Como o trem deixou Loughborough eu suspeitei que poderia ser um tipo de dispositivo para evitar conversas. Eu mal considerei isso por um momento, no entanto, uma respiração pesada e um som de deglutição, que eu julguei ser embaraçoso demais para ser falso me guiaram a perceber que seu cochilo não era uma fraude.
Eu achei difícil conseguir me concentrar em outra coisa que não fosse você quando você se afundou em seu casaco. Satisfeito que tenhamos esperado até essa hora pra viajarmos, o sol do fim da tarde tem sua oportunidade de iluminar suas bochechas sonolentas, mas nervoso com a perspectiva de ser removido do meu banco para sentar no seu. Eu sabia que estava reservado, mas eu esperava que, seja quem for que o tenha reservado, tivesse apenas caído fora.
Parecia que hoje eu estaria seguro. O trem não estava muito cheio, mas eu tirei um momento para me relembrar de quando eu era menos sortudo. Eu me lembrei com um vivivity arrepiante que estávamos a caminho de Brighton.
Eu sabia que esse seria o seu assento no momento em que o vi na plataforma, abrindo, verificando, fechando e reverificando coisas. Algo em seu rosto sugeriu que por anos teve um bigode e não havia muito tempo que o tinha removido. Ele não iria pensar duas vezes para me eliminar, especialmente considerando que ele teria a chance de sentar com você.
Achei que sua caminhada marchando-com-botas pelo vagão foi um tanto quanto revoltada. Mas não foi isso que deixou minhas mãos tensas em garras amargas de náusea. Foi a forma como ele falou "Você está no meu lugar".
Sem um "Com licença", ou uma educada incerteza, apenas a rigidez, o fato hediondo.
O baque com o qual ele me abordou expeliu toda a minha preparação, e antes que eu pudesse me lembrar dos meus planos de fingir que estava cochilando, surdo, Francês ou apenas sentado lá porque outra pessoa sentou em meu lugar, eu estava andando procurando outra vaga.
Acabei ocupando, infeliz, o assento ao lado de uma garota que tinha um traseiro de menino. Eu sabia disso pois ela andou para bem longe antes de retornar para o banco que eu julguei serem dois assentos vazios quando me sentei.
Eu me mexia inquieto até a nossa reunião na plataforma, onde você brutalmente me informou: "Aquele homem foi muito desagradável, na realidade".
Hoje eu achei melhor ter certeza de que isso não aconteceria novamente, então puxei o meu ticket na ponta do meu assento. Levou algumas tentativas e a fachada de pendurar o meu casado para eu finalmente terminar. Eu estava terrivelmente cauteloso. Há ameaças de punições para tais atos, até onde eu sei, mas esses grilhões estavam no fundo da minha mente enquanto eu esmago a reserva em meu punho escondido. Dobrando e apertando-o como se ele fosse uma fera no caminho do litoral.
Felizmente, não houve retaliação. Alguma coisa deixou o trem mais quieto enquanto a viajem continuava.
E então, no túnel, impedido de decidir, minha cabeça se prendeu nessa trilogia de ângulos, anjo após ângulo, até que saíssemos do outro lado.
Meus espasmos frenéticos sem duvida fizeram o homem na mesa adjacente estreitar seus olhos, no mínimo.
Mas eu não sei ao certo.
Não tive tempo de adicioná-lo ao ciclo."
Alex Turner - A Choice of Three

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Mal Nenhum

Nunca viram ninguém triste?
Por que não me deixam em paz?
As guerras são tão tristes
E não tem nada demais

Me deixem, bicho acuado
Por um inimigo imaginário
Correndo atrás dos carros
Como um cachorro otário

Me deixem, ataque equivocado
Por um falso alarme
Quebrando objetos inúteis
Como quem leva uma topada

Me deixem amolar e esmurrar
A faca cega, cega da paixão
E dar tiros a esmo e ferir
O mesmo cego coração

Não escondam suas crianças
Nem chamem o síndico
Nem chamem a polícia
Nem chamem o hospício, não

Eu não posso causar mal nenhum
A não ser a mim mesmo
A não ser a mim mesmo
A não ser a mim

domingo, 13 de janeiro de 2013

You Probably Couldn't See For The Lights But You Were Staring Straight At Me

Pode ter sido pelas luzes
Talvez tenha sido os movimentos
Mas de alguma forma meus olhos ficaram fixos
Foi o vermelho com curvas e o preto brilhante se entrelaçando
Era perfeito.
A vibração do ambiente descompassando meu coração acelerado
Meu rosto avermelhado me diz o que está acontecendo
Mas não há nada a se dizer, não há o que falar
Se eu parasse pra pensar perderia um segundo do sincronismo entre meus olhos e tudo o que acontecia
E isso seria um desperdício, um segundo é muito tempo...
Eu mal me movo, porque tudo o que eu quero fazer é olhar
Enquanto tudo pisca, brilha, se movimenta e vibra... eu olho.
Eu amo cada movimento, cada ruído, cada segundo de tudo o que eu vejo.
Eu sinto que lá era exatamente onde eu queria estar.
Não foi preciso entender, formular uma lógica ou aplicar um sistema...
Foi apenas sentir tudo acontecer, e aproveitar cada segundo ali, esperando que nunca acabe.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

You're not the only one

-É como estar embaixo d'água
(Imensidão Claustrofóbica)

-É como permanecer com a mente ativa, mas o corpo morto
(Afundar)

-Escuridão (frio), ausência de tudo
(Só afundar lentamente)

-Não há um fundo a se chegar
(Talvez tenha) [Você vai morrer antes de alcançá-lo]

-A pressão fará meu peito implodir
(Explodir!)

-É... é só... é como se minhas memórias fossem minha âncora, eu me vejo logo abaixo enquanto afundo...
(As águas refletem e assistem a mesma história de sempre) [Ele não se cansa desses conflitos pequenos e vazios, né?]

-Conflitos emocionais...eu devia fazer uma lista de motivos pra não morrer
(Papel em branco) [tem um: Vaidade. Fim]

-Queria fazer as coisas diferente...
(Todos querem, babaca!) [Ai não, agora vem as ondas de arrependimento e blá blá blá!]

-Queria ser diferente...melhor
(Aperfeiçoamento?) [Masturbação!]

-Como isso vai terminar?

(Simples...) [Há! Assim...]

...

domingo, 6 de janeiro de 2013

Down em Mim

Eu não sei o que o meu corpo abriga
Nestas noites quentes de verão
E nem me importa que mil raios partam
Qualquer sentido vago de razão
Eu ando tão down
Eu ando tão down

Outra vez vou te cantar, vou te gritar
Te rebocar do bar
E as paredes do meu quarto vão assistir comigo
À versão nova de uma velha história
E quando o sol vier socar minha cara
Com certeza você já foi embora
Eu ando tão down
Eu ando tão down

Outra vez vou te esquecer
Pois nestas horas pega mal sofrer
Da privada eu vou dar com a minha cara
De panaca pintada no espelho
E me lembrar, sorrindo, que o banheiro
É a igreja de todos os bêbados
Eu ando tão down
Eu ando tão down
Eu ando tão down
Down... down